26 de jan. de 2010

Ando com a felicidade abotoada em mim.
O sorriso engole brincos
e lava a alma emparelhada...
de chuva,
de goles,
de águas ...
Descobri um mar imenso nos pensamentos.
É ali mesmo que vou nadar.
É ali que pesco...
Permito que "seja"
o tempo que tiver que ser...

18 de jan. de 2010


Aqui, o poema fica em silêncio primeiro.
Minutos depois,
arromba suavemente a porta que abriu,
chama a cada alma que o vestiu,
e roucamente avisa que a vida
é como um beiral de janela,
planta mais margaridas,
espera o cheiro das flores,
e depois,
de braços cruzados sobre o peito...
adora quando teus olhos fazem coração do teu pensamento...

14 de jan. de 2010

Praia do Matadeiro - Floripa


Eu queria que aceitasses esse meu pedido de perdão,
por essa alucinação que eu sou,
por essa falta de ariginalidade,
tão minha.
Queria que entendesses esse pedido,
organizado e louco,
que me perdoasses por essa paixão espontânea
e sem educação...




9 de jan. de 2010

Lagoinha - Floripa
Agora revisito o mar :
fiz as pazes com as minhas embarcações
e voltei a pescar estrelas.
A lua,
incondicionalmente,
ainda guarda todos os meus segredos.

Só ela sabe do que eu falo...

7 de jan. de 2010

Photo by Sandra Reis



Nada de confusão nas minhas linhas.
Entrou com a ressonância do sol,
do tesão da vida,
sem data...
É assim...o poema no ventre das palavras.
É confortável nascer no interior do corpo,
a gente aprende com pele e vontade.
Me aquietei com a calma dos bichos.
do mar,
do som das pedras,
da areia molhada de tão seca,
de passos marulhados de ilhas.
Precisava desse repouso,
dos ombros desse sal.
Gosto de estar assim,
de me entregar à poesia sem destinatário,
sem nome...
Ela sabe que sou eu.