24 de nov. de 2009


Ensolarei a chuva,
marés, flores, gatas,
e tuas cores...

A estrela cadente escutou meu pedido :
trouxe a exatidão do grão de areia.

O mar que vinha guardando nos olhos,
fez o que pedi :
azulou o sol.

A brasa que a água acendeu,
não foi só vento que atiçou...

Coisa boa sentir os movimentos que me paralisam.






20 de nov. de 2009

Photo by Simone
Não tinha avistado,
não via a possibilidade de verdade,
só olhava lá longe...

Hoje o amor me mostrou que tenho um mar dentro dos olhos,
que sou uma embarcação que navega com a calma de ser leve,
que posso pescar o céu,
que posso chover de querer...


19 de nov. de 2009

Photo by Dóris


Saudade

Ensaio tua boca.
Vou estar perto de onde teu corpo deita
e rasga suavemente a noite.
Meu dia vai ser lindo de ti.

18 de nov. de 2009


...responde ao vento,
se encanta com a poesia do meio fio,
com a rua molhada de chuva seca,
de sol escondido...

Meu coração de mar anda assim.

Anda escancarando portas,
anda avessando o corpo,
anda morando na pele.

...mas tem permissão.




17 de nov. de 2009


Ando alinhando as horas,
lixando as unhas,
preparando o pulo,
descansando feito gato na janela...

Esse silêncio alinhado,
me ensina o tempo inteiro,
que meu olhar te entrega tudo...



16 de nov. de 2009


A claridade do teu corpo me acende,
me reduz
e me expande.
Fica por um tempo,
no escuro iluminado,
que me esconde e me revela.
Eu te reviro
e te coordeno sem ordem alguma.
Então,
tu me completa.
Me faz um ser inteiro meia noite,
onde o sol ainda arde,
e a lua,
tímida,
guarda todo nosso segredo.

A umidade não vinha do ar,
vinha sim de nossas formas,
de momentos ,
e encontro de bocas.

As palavras eram ditas diferentes...
Vinham das artérias,
da pele,
como a liberdade sem o vigiar.

Ah,
que coisa...

(agora me seguem esse pensamentos...)

12 de nov. de 2009

Procuro chegar no meio de qualquer lua,
sem hora, sem data, sem previsão.
Teu beijo,
sinto antes que ele chegue em minha boca...

adoro nossa rota de colisão...

11 de nov. de 2009

Todo dia deve ser dia de alma leve...
A leveza chega assim.
Com o movimento,
com o vento,
com a direção que sopramos,
com a velocidade de luz e janelas,
de muita flor e sol,
de tanto papel e caneta,
de tanto poema e pele...

A leveza chega assim,
sem aviso,
sem nome,
sem data,
sem prazo...

Tem alguém, que de alguma maneira, chamamos...
Nos estende,
nos acorda,
nos espreguiça,
nos deseja,
nos pede pra simplesmente estar.

A leveza é assim,
quase não dá pra explicar...

10 de nov. de 2009


O tempo veio descansar na minha varanda.
O sol hoje,
me ilumina diferente,
não faz sombras,
não queima...
Simplesmente me mostra o dia
com a mestria do olhar.
O que foi macerado de mim,
curou a garganta e o pão.
Hoje fico à vontade por ser inteira,
por ser intensa.
Mais quente,
mais azul,
mais lente,
mais olhos,
mais coração.

Que eu mereça sempre
o descansar do tempo em mim.