21 de set. de 2011

pro sol...









...quando o sol me determina,
sou meu retrato falado,
sou meu próprio pé de laranja lima.



9 de ago. de 2011

No livro do meu poeta...





É difícil falar dessa alma, desse cara, desse poeta...
Hoje ele vai além da dimensão dos olhos.
Ele mora no sentir.
Tem poemas palmilhados de tudo que encosta,
tem rimas descalças,
nuas, polvilhadas.
Aqui,
eis o difícil e acariciado desafio,
desde que olhou pro mundo e entendeu.
Poeta que suvemente esconde e revela.
Inteira e fragmentadamente.
A poesia dele é de corpo e vida inteiros.

É tudo.

Aqui,
ele deixa  a vida ser e permanecer transbordante.
Aqui  nos entregamos.

13 de jun. de 2011

O poema não sumiu não.
Em mim, ele brinca, rasga panos, troca sorrisos
e abraça a vida de maneira bem suave.
Brinca de se esconder, mas volta e meia aparece inteiro.
Sabemos disso.
A liberdade dele não é vigiada.
Quando achamos que ele é “tonto”,
despretenciosamente desperta o que temos de mais lindo.

5 de mai. de 2011

. . .


Eu não tenho pressa,
como achava que tinha que ter...
O amor que eu tenho não tem tempo contado.
Não tem essa rispidez de velocidade,
mas tem esse alongamento de ser...
Ele é misturado em mim.
Hoje de forma leve,
amena,
sincera,
sem os subterfúgios 
e as inventices dos 20 anos...
Não sei se os astros interferiram,
não sei se meus planetas trocaram caminhos,
se a lua me cadenciou,
se meus elementos estão na casa que não moro mais,
mas a felicidade total se apresentou...

Uma amiga me disse que eu sou um caracol.
E assim me carrego onde vou.
Sou minha casa. 
Meu caminho é esse aqui.

É por isso que não tenho pressa...

3 de mar. de 2011




 
O tempo me deixou com preguiça,
com o coração entardecido.
Parecia que dentro de mim  faltava espaço,
de tanto que eu queria guardar.
O que parecia,
de tanto sentir,
era que  não cabia...

E assim, há tempo, é.

E permaneço aqui,
rebuscando  poesia,
 dobrando minhas ruas,
 passando a alma,
 rebuscando uma palavra aqui,
uma música ali...

O silêncio faz um baralho bom...