21 de dez. de 2009


Hoje o dia nasceu meio mofado,
feito os morangos de Caio.
Não visitei estrelas

nem quando o sol aparecia.
Resolvi não pescar nenhuma vontade minha.
E isso, pesco sem isca.
Ando com uma ferida aberta no peito.
Abriu de riso,

de águas nos olhos,
de rio turvo,
de mar,
de riachos.
Tenho fendas sim,

mas as reinventei todas.
Hoje elas são chaves.

E só abrem abrem portas encerradas de verdade.
Entre-abertas não.


3 comentários:

Anônimo disse...

gostei dos símbolos.

deixa o mar levar as mágoas. e o ano novo cicatrizar o peito. depois tu escolhe qual porta abrir. ;)

beijo

Flor de sal disse...

Girando, girando e agradecendo a visita. Gosto do gosto das palavras 'inventadas' aqui.

Mateus Carneiro Bureau disse...

lavar a alma com a água da chuva ou da guarita,
se benzer na santinha da prainha,
pisar na areia que é nossa,
ver o mundo que é nosso,
com os risos, as lágrimas, as feridas escancaradas que se fecham com o sal do mar...