14 de set. de 2009

Hoje eu silencio.
Meu chamado vem por dentro dos olhos.
não grita com palavras,
não autoriza os verbos.

Mas no silêncio,
aprendi a gritar bem baixinho,
a desprender meu coração.
Aprendi a desnivelar o chão,
a ofertar as mãos,
a oferecer carinho.
Meu cheiro é minha garantia.
O que tenho de melhor,
no meio da mestria dos aprendizes,
é teu.

Eu silencio no meio do barulho do mundo inteiro,
mas também tenho ruas e avenidas.
Também tenho canteiros.

O barulho que eu faço,
aprendi com o mar.

É desse barulho que eu gosto.

Nada nem ninguém silencia melhor que ele.

Um comentário:

Mateus Carneiro Bureau disse...

do mar vem tudo o que somos...
água e sal, sons e sentidos...
somos o silêncio de um segundo...
o barulho do coração...