Não precisa que o sono chegue, que a temperatura chame, que o cansaço se apresente... Não... O corpo reconhece, o amor se instala, o perfume revela, as mãos orientam à entrega,
Ariano torto.
Muito torto.
Jeito de alma "avoada" num "entardecer" de corpo.
Menina com olhos de águia e coração de "porto".
Menino com jeito sapeca e um destino solto.
Voz de violão e acordes de manhãs belas e claras.
Tempestade em alto mar e ao mesmo tempo calmaria na lagoa.
Ariano torto.
Anjo torto e safado.
Safado com jeito bíblico.
Tão sério de fazer soneto.
Anjo de Augusto.
Anjo de Chico.
Anjo de Drummond.
Areias claras para deixar recados.
Areias para construir castelos.
Areias para fazer deserto.
E em todas as areias tão sincero.
Ariano torto.
Muito torto.
Faz poesia na bula.
Adora Quirina e Dolores.
Morre mas também vive de amores.
Um imã aquém de qualquer distância.
Um fogo de paixão.
A eternidade exata de amor sem fim.
Querubim torto.
Muito torto.
Salve Jorge.
Lanças a defender o coração amado.
Um achado.
Bolero, clássico, can can.
Batismo de sol em noites encantadas.
Ariano torto.
Muito torto.
Minha irmã.
Edike Rogério Carneiro
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