25 de set. de 2009

Medo
Eu tenho esse medo encarcerado em mim.
Uma coisa tonta,
dono das certeza mais vãs,
do amor mais louco.
Me deixa feito um fugitivo.
Às vezes,
muito pouco às vezes,
ele deixa que eu saiba o que minhas mãos carregam.
Às vezes,
quase sempre,
me faz conhecer o que elas desorientam.
Eu não abrigo esse medo porque quero.
Ele chega sempre sem aviso,
sem hora,
se instala feito dono de tudo,
provoca os olhares mais desavisados,
mais perdidos,
vem de forma tão grande
e toma conta,
que não deixa quase nada que possa ser seguro.
O que tenho de seguro
é o que eu sinto e o amor que trago.
Esse medo me invade demais,
em receios,
em perguntas,
em sensações.

Eu não quero mais estar aqui de novo quando ele voltar.


Tenho vontade de te roubar pra mim,
antes que isso tudo te leve.



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