3 de ago. de 2009

ESTAÇÃO


Até choveu...
Mas gosto é desse avesso.
Me remeto à saudade que tenho tua,
tanto,
que chego a sentir teu cheiro,
e te imagino quando fecho os olhos.
Vou mesclar o frio dessa rua,
com a vontade que tenho de te ver de novo,
com esse sol que tens no sorriso.
Até te ver,
quero o reforço dos canteiros cheios.
Agora,
acho poesia na inércia das lâmpadas que clareiam a rua,
no meio das calçadas cheias de árvores,
que não denunciam mais medo,
nem refúgio,
nem esconderijo de bichos...
Essa confusão de calçadas incompletas,
de chicletes impregnados,
essa armação de galhos,
agora me sugerem ar...
Eu habito uma rua clara,
e não temo mais
que o dia amanheça sem estações dentro de mim.
Que saudade tua...

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