24 de ago. de 2009

Tomei cuidado pra não me distanciar tanto.
Não conseguia mais ver espaços,
nem tempo,
nada.
Só me guardei,
me aconcheguei,
me encostei.
Lá fotografei com meus olhos,
observei com minha alma.
Vi as veredas
e as batidas das janelas.
Vi o mar,
muita areia,
um céu que se ampliava.
Vi naufrágios,
vi tempestades...
Sorri muito com os passarinhos,
chorei com todos os pingos da chuva.
Saciei a fome
dos meus temperos calmos e leves.
Matei a minha sede de raízes,
de árvores,
de sementes.
O relógio
era a batida do meu coração.
Ali,
fiquei certo tempo,
tive várias cores,
abracei meus contrários todos,
faisquei impressões,
mexi no que me dava medo,
abri o que estava fechado.
Do balanço ao meu coração

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