17 de jul. de 2009

EXATAMENTE AGORA


Eu resgatei de mim coisas que há muito não via,
e talvez nem mesmo,
me fizessem mais parte.
Não saberia dizer onde andavam.
Agora,
fujo um pouco pro lado,
olho de cara pra frente,
me atiro de costas pra cima,
me deito com a calma do corpo,
viajo com a ira suave dos bichos.
Não quero mais essa miscelânea confusa,
essas arestas de medos,
essas entregas de sentimentos duvidosos,
os corpos cheios de nomes,
os corações cheios de endereços.
Não,
não misturo mais.
Só arrisco sob o frio da madrugada,
entro pela tua janela,
invado teu quarto crescente de lua,
te queimo,
te ardo na pele.
Isso sim,
sei o caminho.
Mas o que preciso mesmo,
é percorrer teus atalhos perigosos.
O que eu quero está aqui.
Hoje.


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