20 de jul. de 2009

Hoje

Talvez eu te componha,
te cante
e te faça acorde,
entre uma nota e outra.
Talvez eu
te acompanhe
e te acenda entre uma brasa
e um fogo.
Talvez sobre ainda,
uma faísca.
Contigo,
eu não sabia o lugar do nexo,
onde moravam os sentidos.
Sabia do oposto,
do lado de lá,
do talvez,
do quem sabe,
do pode ser.
Sempre desenhava,
mas entendias mesmo,
era meu ponto,
minha última linha.
Eu gosto e sei,
é dos temperos da pele
e da alma.
E de ti,
só conheço o sígno,
tudo aquilo que te descreve,
te esconde.
Teus segredos são longos
e escorregam.
O que tens em ti,
não completa o que me falta.
A partir de agora,
te guardo assim,
entre universos de silêncios,
vinhos bons,
e um olhar que não consegui entender.
Talvez eu te conte,
te espalhe,
te encare,
te guarde,
só não te espero mais.
Definitivamente, eu cansei.








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